segunda-feira, 8 de março de 2010

GESTÃO DE APRENDIZAGEM-GESTAR II
LÍNGUA PORTUGUESA
Formadora: Maria do Socorro Costa de Oliveira

Relatório do mês de outubro

O trabalho com a TP4 iniciou no dia 06 de outubro de 2009 com a Unidade 13, à qual tratou da relação entre a cultura e os usos sociais e funções da escrita nos contextos em que vivemos e sua importância para o ensino, que teve como objetivos:
• refletir sobre os usos e as funções da escrita nas práticas do cotidiano;
• relacionar o letramento com as práticas de cultura local;
• produzir atividades de preparação da escrita, considerando a cultura local, a regional e a nacional.
Programamos o seguinte:
 leitura paragrafada dos depoimentos de Patativa do Assaré quanto às suas práticas de leitura, como também às de Paulo Freire que conta como aprendeu a escrever quando criança;
 resolução de atividades propostas na TP e em seguida a socialização por grupo, os quais fizeram relatos sobre a importância da leitura de mundo no aprendizado do educando, influenciando no desenvolvimento do conhecimento sobre os usos e funções da escrita.
 Seção 1: a leitura do resumo que reflete sobre os usos sociais e funções da escrita nas práticas do cotidiano.
Os assuntos propostos refletiram sobre o desenvolvimento da escrita e sobre as diversas formas de representação e utilização da cultura letrada, oferecendo aos cursistas situações didáticas que levem o aluno à produção escrita, utilizando o conhecimento adquirido no seu próprio ambiente.
Quanto às seções 2 e 3 que tratam respectivamente sobre letramento e diversidade cultural e conhecimento prévio e atividade de leitura e escrita, a formadora orientou como lição de casa, para ser socializado no próximo encontro.

Nos encontros dos dias 13 e 20 de outubro, trabalhamos com o tema PROJETO que teve como objetivo principal ampliar nossos conhecimentos sobre letramento, a fundamentação teórica do ensino da Língua Portuguesa.
Para o encontro do dia 13, foi programado:
 Slides: Professor, Parabéns!
 Apresentação de um projeto-modelo através de slides.
 Análise e discussão de projetos.
 Dinâmica: “Seja você também um raio de luz”, objetivando elevar a auto-estima dos cursistas.
 Leitura compartilhada do texto Ampliando nossas referências da pag. 54, e procedemos com discussões e socialização dos estudos.
A avaliação: Hoje me senti... O estudo me trouxe... Eu preciso de...

O encontro do dia 20 teve início com a leitura complementar:
“É preciso parar, é preciso ler, estudar e refletir. E quem de nós faz isso? Quem de nós “tem tempo” para isso? Corremos demais, fazemos demais e pensamos menos. Talvez a maior carência que nós, educadores, temos no momento, é a necessidade de encontrarmos espaços de tranquilidade e de paz para o estudo e a reflexão. Não creio que seja, na realidade problemas de tempo. Talvez seja questão de hábito e de espaço interior.”
(Agostinho Castejor)

Dando sequência, a formadora retomou o assunto do encontro anterior, dividiu a turma em pequenos grupos por escola a fim de elaborarem o esboço do projeto a ser desenvolvido por cada escola. Os cursistas ficaram apreensivos porque não tinham um bom conhecimento sobre o assunto, mas na oportunidade, tiraram todas as dúvidas existentes sobre a execução do projeto, enfatizando a questão da interdisciplinaridade. O tempo foi favorável , o nível das discussões foi muito bom, o empenho dos cursistas foi maravilhoso, e tiramos boas conclusões do encontro.
Fechando com a avaliação realizada oralmente, os cursistas utilizaram de uma palavra-chave como: muito proveitoso, ampliação de conhecimento, enriquecimento no currículo, etc.


Relatório do mês de novembro

Dia 03 de novembro, continuamos com a TP4, Unidade 14 realizando o estudo das seções:
1- Onde está o significado do texto?
2- Os objetivos de leitura: expectativas e escolhas de textos.
3- Conhecimentos prévios interferem na produção de significado de texto.
Para esse encontro, foi programado:
 Acolhida através da leitura e comentário do texto “Rotina”.
 Leitura comentada do texto “Ampliando nossas referências” -pag. 54
 Fundamentação Teórica envolvendo o estudo das 3 seções da unidade em estudo. O formador convidou a turma a dividir-se em 3 grupos, orientou-os que fizessem o estudo das seções. Em seguida, cada grupo socializou o estudo de maneira bem criativa.
 Esclarecimentos sobre os trabalhos propostos: relatório, portfólio e projetos e orientações para a elaboração do Memorial .
 A Avaliação foi realizada de maneira coletiva, utilizando a prosa como gênero textual, cujo tema: O que me proporcionaram os estudos referentes ao encontro de hoje? Os cursistas se empenharam na tarefa e produziram interessantes textos.

Em continuidade ao estudo da TP4, realizado no encontro do dia 10, planejamos:
 Leitura comentada da mensagem “Amizade”.
 Leitura do texto em cartaz “Cidadezinha Qualquer” de Carlos Drummond de Andrade. Procedimento: A formadora dividiu a turma em pequenos grupos e convidou os cursistas a fazerem o estudo do texto e a partir desse estudo, elaborarem atividades para serem aplicadas com os alunos. Em seguida, cada grupo socializou o seu trabalho com determinação e criatividade. Na oportunidade, houve um aprofundamento nas reflexões sobre letramento e processo de leitura.
 A avaliação foi realizada de maneira simbólica, cada cursista recebeu uma tarjeta verde simbolizando pontos positivos e outra vermelha, pontos negativos. E foi muito interessante e proveitoso o encontro.

No encontro do dia 17, estudamos as unidades 15 e 16, que objetivaram: Desenvolver uma sequência de aulas utilizando elementos para o processo de produção textual.
No 1º momento foi realizada uma leitura coletiva e paragrafada do texto: Mergulho no texto de Mª Antonieta A. Cunha. Em seguida, a formadora orientou que fizessem a leitura das seções, chamando atenção para o “avançando na prática” para escolher que atividade iriam aplicar com os seus alunos.
No 2º momento, foi dirigida a leitura “Ampliando nossas referências” que tratou especificamente da questão: Porque meu aluno não lê?” As discussões foram desafiadoras e reflexivas, pois os cursistas tiveram a oportunidade de refletirem sobre a sua prática pedagógica.
Dando continuidade, a formadora passou o slide “Narradores de Javé” - teceu comentários sobre letramento, depois fez os encaminhamentos sobre a transposição didática e o relatório do avançando na prática.

No dia 24, último encontro do mês de novembro, o estudo com a TP5: ESTILO, COERÊNCIA E COESÃO.
A abertura aconteceu com a exibição do slide “O Catador de Pensamentos”, o qual levou os cursistas a discutirem sobre a história de vida dos alunos, a questão do preconceito que existe em sala de aula, como também incentivar os alunos a serem catadores de pensamentos e procurando valorizar os pensamentos dos alunos.
Os trabalhos tiveram início com a Unidade 17 que tratou da Estilística, cujos objetivos: - Compreender a noção de estilo no domínio da linguagem; -reconhecer alguns recursos expressivos ligados ao som e à palavra. Foram levados às discussões “Diferença entre estilo e variantes linguísticas”: estilo individual e estilo de época; dialeto e idioleto; recursos estilísticos ligados à frase e à anunciação; estilo na linguagem. Houve tempestade de conceitos e questionamentos. Na oportunidade, os professores leram “Avançando na prática” e definiram qual iria ser aplicada em sala de aula. Em seguida, realizou-se a leitura e debate do texto “Ampliando nossas referências”(pags. 57 e 58).
Na Unidade 18 - Coerência textual que objetiva caracterizar a coerência na interrelação entre textos verbais e não verbais, verificar como se constrói a coerência nos textos e analisar como se estabelece a unidade de sentidos em um texto. O estudo dessa unidade procedeu-se da mesma forma que a unidade anterior. O encontro foi concluído com uma avaliação realizada coletivamente. Em círculo, cada um cursista falou uma palavra-chave avaliando o encontro.


Relatório do mês de dezembro

O encontro do dia 1º do mês teve início com a apresentação em slide sobre os assuntos da unidade 19 – Coesão textual e unidade 20 - Relações lógicas no texto.
As unidades têm como objetivos:
 Identificar elementos linguísticos responsáveis pela continuidade de sentidos em um texto;
 analisar mecanismos de coesão referencial;
 identificar relações lógicas de temporalidade e de identidade na construção de sentidos do texto;
 analisar efeitos de sentido decorrentes da negação;
 analisar relações de construção de significados implícitos na leitura e na produção textual.
Para efetivação desses objetivos, programamos:
• Slides sobre coerência e coesão textual.
• Dinâmica de grupo – Análise de texto publicitário – a turma dividida em 2 grupos. A formadora dirigiu os grupos a fazerem a leitura dos textos (pags. 254 e 257 e encaminhou a tarefa. Logo após a realização da atividade coletiva, os grupos fizeram as apresentações dos textos, as quais foram bem criativas. Os grupos 1 e 2 trabalharam com a análise do texto publicitário, enquanto os grupos 3 e 4, elaboraram um texto publicitário a partir de um objeto surpresa. Em seguida, a formadora dirigiu a turma a fazer a leitura dos textos das págs 148 e 162 para escolher qual a atividade prática que iriam aplicar em sala de aula.
• Entrega de fichas de auto-avaliação. Essa ficha é orientada para que os cursistas se auto-avaliem a cada TP concluída.
• Avaliação do encontro foi feita oralmente a partir da pergunta “Como vocês definem o encontro de hoje?” Como resposta, os cursistas falaram: proveitoso, coerente, construtivo, produtivo...

Na tarde do dia 04 de dezembro, estive na Escola Pe. José Augusto, distante da sede 23km para visitar as salas do Gestar, acompanhando as práticas pedagógicas dos professores cursistas. No 1º tempo de aula, a professora cursista fez sua prática na turma do 6º ano. A aula teve início fazendo a apresentação da equipe: a coordenadora Nailce, e a formadora de L. Portuguesa Socorro Costa, as quais falaram sobre a importância de Gestar, seus objetivos e suas finalidades. Os alunos deram atenção especial às falas e, em, seguida, a professora cursista distribuiu um cartão/imagem e convidou os alunos para fazerem a leitura. Logo após cada aluno individualmente apresentou para a turma o resultado da leitura. A partir desse momento, a prof. Núbia fez a introdução do assunto que iria ser tratado na aula. E deu continuidade dirigindo uma atividade de produção textual.

No 2º tempo, acompanhei os trabalhos aplicados na mesma escola e na mesma turma do 6º ano, agora com o formador de Matemática Miranda e a professora cursista Liliane. Liliane fez uma leitura de um texto bíblico que tratou de dinheiro. Preparou questões orais para abrir debate com os alunos, levantando hipóteses. No quadro branco fez duas propostas que levaram os alunos a escolherem qual delas iria escolher. A 1ª proposta: o funcionário de uma empresa iria receber pelo seu trabalho relativo àquele ano R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). A outra proposta o funcionário receberia um salário por mês e a cada mês receberia R$0,10 (dez centavos) reajustado a cada dia. Os alunos ficaram empolgados, de início a maior parte escolheu a proposta nº 01, porém no decorrer da resolução e dos cálculos feitos, os alunos mudavam de idéia e foi muito interessante e aula tornou-se bem participativa. A professora Liliane resolveu a atividade coletivamente incentivando os alunos, questionando os cálculos, sempre chamando atenção para os números e escrevendo os resultados no quadro dados por eles. O objetivo dessa atividade era analisar a velocidade do crescimento do salário recebido a cada mês por um funcionário de uma empresa X. A atividade proposta foi inovadora, com um ótimo resultado. Chegou o tempo de finalizar a aula e os alunos não saíram de imediato, esperaram que a professora fizesse a avaliação da aula e alguns avaliaram falando – “Tia essa aula foi muito boa”

Agora vamos estudar a TP6, as unidades 21 e 22 que dizem respeito à Leitura e Processos da Escrita II.
A unidade 21 trata do assunto “Argumentação e linguagem” que tem como objetivos:
 identificar marcas de argumentatividade na organização dos textos;
 identificar e analisar diferentes tipos de argumentos que sustentam uma argumentação textual;
 reconhecer a qualidade da argumentação textual.
E a unidade 22 – Produção Textual:
 apresentar elementos de reflexão e estratégias relacionados ao planejamento de textos;
 identificar estratégias que podem ser utilizadas para o planejamento e a escrita dos textos;
 desenvolver atividades de planejamento e escrita, considerando a construção e revisão textual.
Programamos para esse encontro:
 Acolhida através do slide: Educação e Vida do Prof. Sérgio Motta
 Estudo do tema “Argumentação e linguagem” - a formadora utilizou o slide, fez uma leitura minuciosa do assunto, explicando passo a passo dando ênfase às características de uma dissertação. As discussões foram ótimas, todos os cursistas participaram ativamente.
 Leitura compartilhada em grupo do texto “Ampliando nossas referências”: argumentação e resolução de atividades das págs. 59, 61 e 62. A socialização das atividades foi bem participativa, cada grupo fez a exposição da síntese do texto lido, abrindo espaço para discussões. Em seguida, foi feita a escolha da atividade avançando na prática.
 Estudo de textos complementares – Cada grupo recebeu um texto diferente que após lido e discutido, o grupo deveria redigir um texto no gênero crônica e, a partir dessa produção, iria planejar uma aula para a respectiva série/ano com procedimentos dentro de uma metodologia inovadora.
Essa experiência foi muito valiosa, pois os cursistas tiveram a oportunidade de inovar a sua prática pedagógica, criando novas perspectivas para um melhor trabalho.

No dia 15 do referido mês, demos continuidade com a TP6, agora trabalhando com as unidades 23 e 24.
O encontro foi aberto com um texto mensagem “Árvore de Natal”, uma vez que o momento era propício para se fazer uma reflexão espiritual.
Entrando no mérito dos conteúdos da TP, a unidade 23 tratou do Processo de Produção Textual: revisão e edição. Foram discutidas algumas estratégias que seriam utilizadas durante a revisão e os parâmetros de textos, especialmente, daqueles dos alunos. Em seguida, a formadora solicitou a formação de grupos, dirigiu a leitura do texto “Avançando nossas referências, socializou o debate e, em seguida, solicitou que realizassem uma breve leitura dos textos “Avançando na prática” para que escolhessem uma atividade a ser aplicada em sala, aquela que adequasse melhor à sua turma, fazendo as adaptações necessárias à sua prática. Trabalhou também com uma crônica “Espírito carnavalesco” e orientou que os cursistas fizessem um planejamento para sua turma, buscando atingir os objetivos propostos pela unidade.
A unidade 24 que tratou da Literatura para adolescentes, as atividades riquíssimas trazendo ótimas oportunidades para que os professores levantassem inúmeras situações de leitura, só que com o tempo muito reduzido, a formadora trabalhou com as histórias infantis, no momento aplicou a dinâmica em grupo e solicitou que cada um iria ler e contar de maneira criativa: cantando, sorrindo, devagar, chorando, dramatizando... Em seguida, os grupos fizeram as apresentações, o momento foi oportuno para descobrir os talentos dos cursistas, como também para sentirem o quanto é importante trabalhar com as histórias infantis de maneira inovadora, motivando o grupo a ler. Foi realizada também a leitura dos textos “Resumindo” que tratam da importância de incentivar a leitura para os nossos adolescentes, uma vez que eles lêem pouco até as leituras do próprio livro didático. E detectou-se que seria necessário o professor adotar o hábito de leitura para que tivesse condição de investir em aulas dinâmicas com relação à leitura de revistas, de jornais, de obras literárias, etc.
O encontro foi avaliado oralmente com as palavras-chave: criativo, dinâmico, divertido, etc.

No encontro do dia 22 do mesmo mês, foi trabalhada a TP1: Linguagem e Cultura e, especificamente, a Unidade 2 que tratou de variantes lingüísticas: desfazendo equívocos.
Inicialmente foi feita a acolhida com a mensagem “Trem da Vida, Parada : Educação. O momento foi de reflexão, de sentimentos, de vivenciar memórias, saberes e compartilhar experiências entre todos.
Dando continuidade, a formadora Mª do Socorro convidou a todos a formarem grupos para trabalhar com a seção 1 : A norma culta (págs. 58 a 62). O texto foi lido em grupo, depois socializado. Sequencialmente, foi dirigido o debate a partir do questionamento: Norma Padrão e Norma Culta são sinônimos? As discussões foram coerentes, o nível de entendimento pelos cursistas, muito bom. E para encerrar os estudos, a formadora dirigiu a leitura das págs. 105 e 117 do livro “Nada na língua é por acaso”.
No 2º tempo, precisamente às 9h, houve a confraternização da equipe do Gestar e os convidados da Secretaria Municipal de Educação para troca de lembrancinhas, mensagens natalinas, dramatizações, dinâmicas e jantar de encerramento.



Finalmente o último encontro para fechar a carga horária de 80h, aconteceu no dia 05 de janeiro de 2010, quando trabalhamos com a TP2, Unidade 5: Gramática: seus vários sentidos.
Iniciando nossa conversa, seção 3: A gramática normativa e o ensino prescritivo. O trabalho foi desenvolvido em grupo, depois socializado. Em seguida, foi dirigida a leitura paragrafada do texto “Ampliando nossas referências” (págs. 36/37). Realizadas as discussões, que por sinal foram bem conduzidas, a formadora organizou o ambiente para a realização do juri simulado: A gramática normativa no banco dos réus. A juíza conduziu muito bem, porém houve uma mistura de acusação com defesa, ou seja, houve um momento em que a advogada de acusação estava defendendo, portanto chegando a hora da leitura da sentença final, o juiz deu por inocente a ré. Foi uma experiência muito valiosa, os cursistas gostaram, foi interessante.
Dando seqüência, foi aplicada a dinâmica do ‘bingo da amizade’, mensagens de saúde, otimismo, amor, perseverança, coragem para enfrentar esses desafios.
Para encerrar, eu como coordenadora fiz um breve relato da importância da formação continuada, da continuidade Programa Gestar, uma vez que veio para o crescimento do profissional e, consequentemente, para a melhoria da qualidade do rendimento do aluno.
A formadora Socorro fez um breve mapeamento das pendências dos relatórios dos cursistas, auto-avaliação dos módulos, dando prazos para entrega dos portfólios, e concluiu dirigindo a avaliação escrita: Como se trata do nosso último encontro oficial, gostaria que fizesse um pequeno comentário escrito sobre a experiência vivida no Gestar II, em Língua Portuguesa. Fazer uma avaliação em todos os aspectos do curso iniciando pelo material, passando pelos encontros até chegar os momentos em sala de aula.

Considerações Finais
O Curso de Formação Continuada Gestar II ofereceu aos nossos professores de L. Portuguesa e Matemática do 6º ao 9º ano uma proposta de trabalho inovadora, buscando elevar o conhecimento teórico-prático.
Acompanhando as oficinas, observei a expectativa dos profissionais e verifiquei uma grande aceitação em relação à proposta, visto que o objetivo maior é desenvolver o processo ensino-aprendizagem com maior autonomia, incentivando à participação dos alunos, interagindo com os mesmos, ajustando o planejamento das atividades propostas em busca da construção de novos conhecimentos, levando em conta as dificuldades encontradas pelos alunos.
Espero que os nossos professores cursistas se engajem nesse processo com amor, determinação, analisando e avaliando as situações a fim de alcançar os objetivos e as metas prioritárias. Que transformem as nossas salas de aula num espaço em que os alunos tenham oportunidade de formar seus pensamentos, organizar as idéias, construir os conhecimentos de maneira reflexiva, crítica e ativa na transformação do seu ambiente.
Acredito que as expectativas do curso foram alcançadas parcialmente, porém com a aplicabilidade das atividades em sala de aula no decorrer do ano letivo, alcancem os objetivos desejados na sua totalidade.
Parabéns a toda equipe do Gestar II por oferecer esse curso com esse tão rico material de apoio à aprendizagem dos nossos alunos. Ficam nossas gratidões a todos os componentes que se engajaram nesse processo de elaboração e aplicação desse tão maravilhoso curso.





RELATÓRIO REFERENTE AO MÊS DE AGOSTO


O Gestar em nosso município está funcionando maravilhosamente bem. Os formadores são comprometidos, competentes e responsáveis. A cada encontro , planejam as aulas, utilizam uma metodologia inovadora e orientam os cursistas para desenvolverem um estudo numa dimensão teórico-prática, procurando envolvê-los nas atividades propostas.
O formador de Língua Portuguesa trabalhou com a TP3, aplicando as atividades em sala de forma dinâmica, numa linguagem simples e acolhedora, utilizando estratégias variadas por meio de estudo de textos variados, letras de músicas, textos reflexivos, debates, produções de murais, leituras comentadas, aulas expositivas dialogadas, trabalhos em grupo, conversa informal. Ela consegue atender às expectativas do curso, atingir os objetivos propostos, de uma melhor maneira possível. Quanto aos professores cursistas, são participativos, assíduos, e apresentam uma ótima receptividade do curso.
Na área de Matemática, o formador trabalhou com a TP1, os trabalhos foram desenvolvidos também de forma dinâmica, utilizando atividades diversificadas, através de textos reflexivos, conversa informal, questionamentos dos conteúdos abordados, resolução e apresentação das atividades desenvolvidas com construção de cartazes, de gráficos com base em situações-problema e aulas expositivas dialogadas. A turma não é bem assídua, mas o formador procura sempre incentivar os cursistas, na perspectiva de uma melhor participação, despertando o valor que o curso tem para eles.


RELATÓRIO REFERENTE AO MÊS DE SETEMBRO

As atividades foram iniciadas com o estudo das avaliações diagnósticas e dos descritores. Os formadores procederam com a mesma metodologia, dividiram a turma em pequenos grupos, seguindo a divisão de acordo com a série/ano que iriam aplicar. Feita a leitura das avaliações e dos descritores, os formadores orientaram como os cursistas iriam proceder com relação ao relatório. Os relatórios ainda não foram entregues na sua totalidade, mas está havendo a cobrança por parte dos formadores.
Um outro estudo abordado foi sobre o Portfólio, os formadores apresentaram sua estrutura e organização, através da data-show, foi aberta uma discussão em torno do assunto e tiraram as dúvidas existentes.
Com relação ao Projeto, foi feito um estudo bem minucioso sobre a sua estrutura e sobre o tema, os formadores apresentaram algumas sugestões, orientaram de maneira clara e objetiva, enfatizando a questão da interdisciplinaridade e articulando sobre a execução do mesmo. Abriu espaço para que os cursistas apresentassem também suas sugestões, foi um momento participativo e demonstraram interesse pela elaboração e execução do projeto no decorrer do curso. Alguns professores cursistas já definiram o seu tema, porém ficou para o mês de outubro o início de sua execução. Decidiram elaborar o projeto por escola, pois ficaria melhor para um trabalho interdisciplinar.
Já foram iniciadas as atividades práticas em sala de aula com o aluno e, segundo alguns relatórios feitos pelos professores cursistas, detectaram muitas dificuldades, uma vez que os alunos não têm um bom nível de leitura, porém não é motivo para desestímulo, pois acreditam que no decorrer das aulas, os alunos irão melhorar o nível de leitura e, conseqüentemente, conquistarão uma melhor aprendizagem.

Dificuldades Pedagógicas

Como em toda formação, as dificuldades existem tanto por parte dos formadores quanto por parte dos professores cursistas. O tempo é muito reduzido diante do acúmulo de atividades que eles assumem, pois para desenvolver o trabalho de um curso deste porte, com tamanha responsabilidade não há disponibilidade de tempo para realizarem as leituras e as tarefas propostas, mas assim mesmo cansados com o dia de trabalho e à noite no curso, eles se mostram interessados, porque acreditam que esta é uma oportunidade impar da qual não podem perder.



Avaliação

No final de cada oficina, ambos os formadores realizam as avaliações de maneira criativa. Os professores cursistas apresentam muitos pontos positivos, com boas perspectivas, elevação de autoestima para desenvolver sua prática pedagógica, compartilham as dificuldades, como também as experiências, na tentativa de encontrarem soluções para os problemas enfrentados em sala de aula. O GESTAR certamente é uma nova experiência que busca novos conhecimentos e descobertas desafiantes. Esperamos que essa segunda etapa possa ser melhor, que possamos realizar com mais recursos.
MEMORIAL

Maria Nailce de Almeida Guerreiro

O início

Nasci há 17 de março no ano de 1956, no interior do município de Tabuleiro do Norte-CE. Sou a quinta filha de uma família de oito irmãos, sendo quatro irmãos e quatro irmãs, pertencentes a classe popular, não tínhamos muitos bens materiais mas éramos felizes, com toda aquela simplicidade que só as crianças ou os sábios são capazes de sentir. Meu pai, hoje aposentado como ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira, e minha mãe, uma senhora digna de ser chamada senhora do lar. Embora com pouco conhecimento em leitura e escrita, tinham experiência letrada, preocupavam-se em orientar os filhos para o estudo, pois diziam sempre que a única herança que podiam deixar para os filhos era o conhecimento, a profissão. E foi nessa concepção que eles não mediram esforços para alcançar essa grande conquista: a formação acadêmica de todos.
Quando eu nasci, meu pai era agricultor e sobrevivia da colheita de produtos, como feijão, milho, mandioca, algodão, jerimun, entre outros. Além da labuta no campo, ele também tinha experiência em atividades de pedreiro. E foi através dessas habilidades que teve a iniciativa de mudar-se com sua família para a cidade porque queria colocar os seus filhos para estudar, pois na cidade oferecia melhores oportunidades para a educação da família. Assim fui crescendo sempre rodeada pela minha família e aprendendo na interação com meus irmãos. Não tenho muitas recordações da minha primeira infância, apenas fatos isolados ficaram gravados em minha memória, mas o que ficou marcado dessa época foi a vida em família e as horas em que juntamente com meus irmãos e coleguinhas da rua, brincávamos de esconde-esconde, bandeirante, mata-mata, dentre muitas outras. Na adolescência, quem não lembra também dos namoricos na pracinha da cidade, das tertúlias no clube aos domingos? Foi lá que eu comecei a namorar aos 17 anos de idade. Quanto tempo bom! Logo em 1975, conheci um belo rapaz José Chaves Guerreiro namoramos por dois anos, casamos ainda muito jovens, formando uma casal que se ama profundamente. Da nossa união, nasceram três lindas garotas Kerley(29), Kílvia(23) e Karine(17), minhas fãs, minhas princesas, o meu xodó. A minha família é unida e maravilhosa, tenho um ótimo relacionamento com todos, vivemos em completa felicidade.

Minha vida escolar
Minha vida escolar iniciou aos seis anos numa escolinha particular para que eu fosse alfabetizada. As recordações desse período são muito fortes: lembro-me com clareza da minha primeira professora, pois devido ser muito carrasca, me amarrava ao pé da mesa para que aprendesse a lição da carta de ABC e foi dessa maneira que consegui me alfabetizar, porém nunca esqueci das cenas grosseiras por quais passei. No entanto, toda exigência só veio me beneficiar porque no ano seguinte, já com sete anos, a idade exigida pela rede pública de ensino, tive a oportunidade de ingressar no 1º ano primário no Grupo Escolar Avelino Magalhães. Quantas recordações boas das minhas professoras primárias, principalmente a do 2º ano a D. Lourdes paciente, bondosa, carinhosa. Lembro-me ainda do processo de leitura e de escrita - todos os dias tinha o momento em que os alunos davam a lição, ou seja os professores mandavam os alunos lêem os textos nos livros de Português para medir o grau de desenvoltura na leitura, não questionavam se os alunos tinham entendido ou não a mensagem do texto, nem mesmo orientá-los para uma reflexão e interpretação; e o momento da escrita era feita através de atividades escritas orientadas na sala, e passavam também para casa, utilizam um método totalmente tradicional. Não existia incentivo à leitura de livros paradidáticos, tampouco contação de histórias. E foi nessa escola da rede estadual que concluí as séries primárias. O ginasial, assim era a nomenclatura na época, não foi diferente, o método utilizado era o mesmo: as aulas ministradas pelo professor eram expositivas, davam conteúdo, alunos resolviam as atividades propostas, estudavam os capítulos para fazer as provas no final de cada mês. A escrita era cobrada nas correções de atividades de classe e de casa, de redações e quando eram exigidas, através de temas soltos, descontextualizados. Quem não lembra desses temas “Minhas Férias”, O mesmo processo perdurou por todo o 2º Grau, só com algumas diferenças, pois os professores orientavam trabalhos escritos para serem pesquisados na própria biblioteca do colégio. Leitura de livros, revistas, jornais, isso não existia, por isso que a nossa geração sentiu muita dificuldade quando enfrentamos o vestibular porque os professores não deram nenhuma orientação. Concluí o 2º grau no Colégio Nossa Senhora das Brotas, no município de Tabuleiro do Norte, em 1974.
Sempre fui uma aluna estudiosa, dedicada aos estudos, porém não tinha hábitos de leitura até porque a escola não incentivava os alunos a lêem por lazer e sim por obrigação. As horas que eu passava na escola foram as melhores da minha vida, o estudo, as brincadeiras recreativas, os treinos de volei. Eu tinha amor ao esporte, participei de Olímpíadas Jaguaribanas em nosso município e em município vizinho, foram eventos maravilhosos e que muito marcaram a minha adolescência. Só lembranças, só lembranças!!!

A universidade: um sonho, um trabalho, um compromisso

No mesmo ano em que concluí o Ensino Médio, prestei vestibular e iniciei em 1975 o curso de Licenciatura Plena na área de Letras. Para fazer esse curso na FAFIDAM, na cidade de Limoeiro do Norte, eu tinha que viajar aproximadamente uma distância de 30 km, toda noite, em Rural, pois na época não existia ônibus. Foram muitas dificuldades por quais passei para concluir a minha graduação, uma vez que meus pais não tinham condições financeiras satisfatórias, mas com toda boa vontade, e dedicação venci essa etapa em 1978. Ainda cursando a universidade, em 1977 tive o privilégio de meu pai ser eleito prefeito de Tabuleiro do Norte, onde administrou por seis anos. Nessa época tudo melhorou, pois através dos políticos que o apoiavam, conseguiu um contrato pela rede estadual para exercer o cargo de professora e, com muita garra e determinação, exerci as atividades docentes em fevereiro de 1977, iniciei ensinando as séries iniciais do Ensino Fundamental, permanecendo por quatro anos.
O sentimento de ser professora começou a crescer, quando em 1982 fui convidada a lecionar no Ensino Médio. Mergulhei nos livros e assumi as aulas de Língua Portuguesa, Literatura e Língua Estrangeira na Escola de Ensino Médio Francisco Moreira Filho, onde permaneci por 14 anos. Foi uma experiência muito valiosa, o meu aprendizado melhorou bastante. Nessa época fui adquirindo uma visão diferente de leitura, pois percebi que a leitura se fazia necessária para que eu me preparasse melhor na minha prática docente. Não foi fácil ministrar as referidas disciplinas, mas através do meu compromisso e responsabilidade com a educação consegui, através de muito estudo e de leituras mais abrangentes, superar as dificuldades encontradas, e foi assim que me tornei um profissional mais eficiente.
Com o surgimento do edital do concurso para gestor escolar em 1995, me inscrevi para participar do processo de seleção. Outro desafio à minha frente, pois continuei estudando e me preparando, fui aprovada e assumi a direção da Escola de Ensino Fundamental Manoel Castro Filho, no interior da cidade por um período de três anos (1996 a 1998), outra experiência riquíssima na minha vida profissional. Porém a vontade de crescer não parou, fiz um curso semi-presencial “Especialização em Planejamento Educacional” pela Universidade Salgado de Oliveira do Rio de Janeiro. Quando no ano de 1998, novamente participei do processo de seleção para Gestão Escolar, só que agora para exercer a função de Coordenadora Pedagógica na mesma escola citada anteriormente, para o período de 1999 a 2001. Dediquei-me de corpo e alma tanto às ações administrativas quanto às pedagógicas. Foi muito gratificante todo o meu empenho nos trabalhos nesta escola, pois acrescentou ao meu currículo experiências valiosíssimas. Aconteceu que em 2001 tornei a participar do processo seletivo para gestor escolar, aprovei e assumi a coordenação pedagógica na Escola de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima, onde permaneci nessa função por um período de duas gestões ininterruptas (2002 a 2008). Nessa última gestão, fui contemplada com outro curso semi-presencial em Gestão Escolar, oferecido pelo Estado do Ceará em parceria com a Universidade de Santa Catarina. O curso me trouxe muitas oportunidades, dentre elas, o conhecimento de vários autores como Paulo Freire, Vigotsky, Wallon e outros. Livros lidos: Avaliação de Aprendizagem Escolar de Luckesi, Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem de Regina Cazaux Haudt, Avaliação Emancipatória de Ana Maria Saul, Avaliação: mito & desafio uma perspectiva construtivista de Jussara Hoffmann. Estas leituras e outras muito acrescentaram ao meu conhecimento, tornando-se não somente uma aquisição individual, mas uma das possibilidades de desenvolvimento intelectual que refletiram na minha vida profissional e em sociedade.
Todos esses anos de trabalho somaram-se em trinta e um anos. Hoje com 53 anos de idade estou afastada das atividades em docência da rede estadual, porém fui premiada com um convite da Secretária Municipal de Educação para exercer a função de subsecretária e hoje estou feliz em continuar contribuindo com o meu trabalho na Secretaria Municipal de Educação, na perspectiva de melhorar a qualidade da educação no meu município Tabuleiro. Logo que assumi, fui privilegiada com a coordenação do Programa Gestão de Aprendizagem – GESTAR II, o qual está oferecendo uma proposta pedagógica inovadora, com a finalidade de melhorar a prática docente e, consequentemente, o aprendizado significativo do educando.
As experiências adquiridas nas diferentes escolas da rede de ensino estadual possibilitaram-me o conhecimento de diferentes contextos. E concluo afirmando que todos os desafios enfrentados serviram de enriquecimento tanto na minha vida profissional, quanto na pessoal.


MINHAS FILHAS E EU.